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Sobre a Animação e vida real dos Romanov.
ANNA ANDERSON
Conheça a história da mulher que dizia ser a Grã-Duquesa Anastasia.
Por Bianca Nobre
Atualizado em 29/10/2016
Durante os anos vinte, apareceu uma jovem com ferimentos na cabeça e no braço, que fora encontrada em um asilo e que dizia ser Anastasia Romanov, a última filha de Nicolau II.
Ela não tinha documentos e era conhecida como Sra. Tchaikowski, mais tarde deram-lhe documentos com o nome de Anna Anderson. Mas oo nome Tchaikowski está ligado a uma longa e intrigante história.
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Segundo Anna, ela era a grã-duquesa Anastasia. Em 1918, na noite de 17 de julho, onde a família Romanov e seus empregados foram mortos, reza a lenda em que ao colocarem os corpos no caminhão que os levaria ate uma mina escondida na floresta, um dos homens, um sujeito chamado Tchaikowski, descobriu que uma das meninas estava viva.
A jovem surrupiou no meio daquela pilha de corpos amontoados dentro do caminhão.
Se levarmos em conta que havia muito nervosismo e tensão acontecendo numa noite escura, não seria difícil dar sumiço num corpo.
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Então ela desapareceu naquela noite, salvando-se do massacre. Tchaikowski a levou para casa de pessoas amigas e depois para sua própria casa. No meio do desenrolar da história ele a estuprou e Anna teve um filho, que foi deixado num orfanato, quando ela foi para a Alemanha, a fim de procurar seus parentes exilados pela revolução. Pelas descrições feitas por inúmeras pessoas que tiveram contato com Anna/Anastasia, a jovem deve ter ficado perturbada mentalmente pelo trauma sofrido, sem contar com os inúmeros ferimentos, (os mais graves na cabeça e no braço) agravados por uma tuberculose que ela veio a adquirir, talvez devido às privações por que passou. Quando foi descoberta por russos monarquistas exilados na Alemanha, Anna estava muito doente e muita gente se dispôs a ajudá-la.
É difícil saber, nesta história, quem agiu por puro idealismo, por desejo de justiça. A maioria ajudou a jovem por interesse, alguns membros da família imperial chegaram a reconhecê-la como Anastasia, mas depois desmentiram o fato, o mesmo aconteceu com professores e serviçais.
Somente poucos sustentaram até o fim suas opiniões iniciais. Algumas, como o antigo professor Pirre Gilliard, escreveu um livro chamado "A falsa Anasatasia", no que tentava desmascarar completamente Anna Anderson. Mas uma coisa é certa: como ela podia saber de fatos secretos que somente membros da família imperial ou altos funcionários da corte poderiam ter conhecimento?
O que Anna Anderson sabia era muito mais do que uma pessoa comum poderia saber sobre a família imperial, inclusive segredos de estado. Isso é, sem dúvida, um mistério. Por exemplo: Durante a guerra, o irmão da Czarina, O Grão-Duque Ernst de Darmstadt, foi à Rússia tentar uma paz em separado da Alemanha com a Rússia. Esta foi uma viagem secreta, que só os serviçais secretos dos dois países e seus altos dignitários tiveram conhecimento.
Nos anos vinte e trinta, com o fim da guerra e a mudança da política, seria inadmissível que qualquer membro da nobreza, político ou mesmo um alemão comum confessasse que estivera na Rússia durante a guerra. Quem o fizesse seria acusado de traição. No entanto, na maior inocência, ao ser mostrada a Anna uma foto do Duque Ernst, ela não só o reconheceu como também afirmou tê-lo visto no palácio imperial numa visita durante a guerra. O Duque ficou furioso, negou tal afirmação e também se recusou a reconhecer Anna como Anastasia, alegando que os filhos de sua irmã estavam mortos e que Anna era uma impostora.
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O Duque estava salvando seu pescoço e sua reputação, pois não podiría admitir publicamente este fato. Aquela aparente sobrinha Anastasia estava lhe saindo um verdadeiro pesadelo. Que seria se alguém acreditasse nela? No entanto, Anna Anderson passou a vida inteira afirmando ser Anastasia.
Há alguns anos depois, foi feito um exame de DNA com seus cabelos, que estavam num livro de seu marido americano Sr. Manahan, também falecido, e afirmou que Anna não era Anastasia.
O que aconteceria se Anastasia estivesse viva e aparecesse?
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Hipótese 1: O partido comunista poderia devolver o poder há Grã-duquesa Anastasia?
Provavelmente não, a Revolução Russa marca a passagem de uma sociedade imperial e aristocrática para um país socialista (com a ideia de acabar com a desigualdade). E caso estivesse viva, ao final da União Soviética estaria com aproximadamente 88 anos. E além de tudo, a população russa não adotaria novamente a monarquia como forma de governo.
Hipótese 2: Anastasia não poderia ser Imperatriz da Rússia, por lei.
De acordo com a lei de 1797, criada pelo Imperador Paulo, que estabelecia cinco critérios:
"1- Qualquer pretendente deve ser do sexo masculino, desde que haja alguém do sexo masculino disponível.
2- Deve ser ortodoxo.
3- A mãe e a esposa devem ser ortodoxas.
4- Qualquer casamento dever ser com mulher de igual classe, de uma família governante.
5- E ele só pode se casar com a permissão do czar que esteja no trono.
Se perder em qualquer dos cinco quesitos, está fora da cogitação."
Hipótese 3: Se Anastasia aparecesse depois do massacre?
Se ela aparecesse, ela seria morta do mesmo jeito, por fazer parte da família e ter sangue real.
Hipótese 4: Existiria na possibilidade de Anastasia ter vivido como uma pessoa normal?
Nessa possibilidade, ela poderia no começo, mas alguma hora alguém iria reconhecê-la, entregá-la e por fim, ela seria morta.
E por fim, em todas as hipóteses ela seria morta.
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*Ps.: Essas hipóteses foram feitas em nome de Anastasia e não de Maria (a verdadeira Grã-duquesa desaparecida) para harmonizar com Anna Anderson.